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Letramento matemático e pensamento computacional

O pensamento computacional e as tecnologias digitais na educação básica

Estudos analisados na revisão/mapeamento
41
artigos acadêmicos
Publicados de
2013
a
2019
Principal Pergunta de Pesquisa

Como contribuir com a produção de evidências científicas e com o desenvolvimento de políticas públicas na área de Tecnologias aplicadas à Educação Básica, especialmente, no que tange à aplicação do pensamento computacional articulado às tecnologias digitais no Letramento Matemático?

Principal Achado
Outros Achados

Quais as tecnologias digitais e outros recursos usados em iniciativas de pensamento computacional articuladas na Educação Básica?

As tecnologias digitais mais evidentes, a partir do levantamento realizado neste artigo de revisão, foram: Scratch; Robótica Educacional; Arduino; Code.org; LightBot; App Inventor; Dr. Scratch; Blockly Games.

Além das tecnologias mencionadas acima, foram também evidenciadas nos artigos analisados, as seguintes tecnologias: Ambiente Maker; Animação; BloxorZ; Classcraft; CodeMaster; Code Club Brasil; Excel; FastStone Screen Capture; Hairball; Jogo Batalha Naval; Jogo Navegática; Jogo Pantanal Escolar; Jogos Os Missionários e os Canibais; Jogo Star Wars; Pong; Kahoot; OpenOffice e Calc; PhET Simulações Interativas; Plataformas de Desenvolvimento - Jogos 2D e 3D; Programming Languages - Computer Science Unplugged; Logo; Minecraft; Pesquisas no Google; Pac-Man; Realidade Virtual; Rube Goldberg; Rede Social Teia; Space invaders; Snake II; Snapl; Stencyl e T-mind, porém, com frequência bem inferior às demais.

Todavia, outros recursos também foram identificados como sendo utilizados no desenvolvimento de atividades pedagógicas e que buscam incentivar o pensamento computacional, especialmente, de forma desplugada.

Quais as metodologias empregadas em iniciativas de aplicação do pensamento computacional no âmbito da Educação Básica?

Para viabilizar as práticas pedagógicas com a aplicação do pensamento computacional, identificou-se que as metodologias mais utilizadas, conforme as frequências identificadas nos 41 artigos selecionados, foram: Aprendizagem Baseada em Problemas (17); Aprendizagem Baseada em Projetos (14); Computação Desplugada (8); Gamificação (8); Simulação (5); Mapa Conceitual (1) e Storytelling (1).

Em que nível de ensino da Educação Básica as evidências de aplicação do pensamento computacional são mais representativas?

As evidências de aplicação do pensamento computacional são evidenciadas em todo o ensino fundamental e médio. Considerando os artigos selecionados, foi possível identificar em quais anos/séries do ensino fundamental, evidenciam-se, com mais frequência, no que tange à aplicação do pensamento computacional: Fundamental 8 (22,39%); Fundamental 6 (19,40%); Fundamental 9 (19,40%); Fundamental 7 (16,42%); Fundamental 5 (13,43%); Fundamental 3 (4,48%); Fundamental 4 (2,99%); Fundamental 1 (1,49%); Fundamental 2 (0,00%).

Portanto, no ensino fundamental I, no 1º, 3º e 4º ano, a representatividade é bastante tímida, quando comparada com os demais anos do mesmo segmento, sendo inexpressiva para o 2º ano. Diferentemente, do que ocorre no ensino médio. Enquanto no ensino fundamental as evidências são significativas nos anos finais, no ensino médio a aplicação do pensamento computacional se dá consideravelmente no 1 º ano, reduzindo consideravelmente no 2º ano e timidamente ocorre no 3º ano: Médio 1 (50,00%); Médio 2 (28,57%) e Médio 3 (21,43%).

Nos estudos selecionados há indícios de avanços e desafios a serem superados quanto ao uso das tecnologias digitais e do pensamento computacional na escola?

As evidências que sinalizam avanços alcançados com esta RSL, no que se refere ao desenvolvimento de ações educativas voltadas ao pensamento computacional na educação básica, foram analisadas, a partir dos seguintes eixos temáticos: currículo e o pensamento computacional na escola; impactos na aprendizagem e desenvolvimento de competências; autonomia e trabalho colaborativo; mudanças nas práticas pedagógicas; parceria com a comunidade externa e definição de designer instrucional para o ensino de computação na escola.

Além dos avanços aqui mencionados, nesse processo de investigação, notou-se alguns desafios ainda a serem superados para a implementação efetiva do pensamento computacional no âmbito da educação básica, de forma efetiva. Tais desafios identificados, a partir dos artigos selecionados são apresentados, a partir dos eixos temáticos: interdisciplinaridade; formação do professor; avaliação da aprendizagem e gestão escolar.

Quais instituições brasileiras se destacam na atuação com o pensamento computacional articulado às tecnologias digitais no âmbito da Educação Básica?

Dos 41 artigos selecionados, nesta pesquisa, as instituições que mais se destacaram com publicações que abordam a temática pensamento computacional articulado às tecnologias digitais na educação básica, por meio da identificação dos seus pesquisadores, foram: Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (8,70%); Universidade Federal da Paraíba - UFPB - (6,52%); Universidade do Vale de Itajaí - UNIVALI - (6,52%); Universidade Federal de Pernambuco - UFPE - (6,52%); Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - (6,52%); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo - IFSP - (4,35%); Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - (4,35%); Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE - (4,35%).

Outras instituições também foram identificadas, porém cada uma delas com um percentual de apenas 2,17%, a saber: Centro Universitário Internacional - UNINTER; Instituto Federal Baiano – IFBAIANO; Instituto Federal de Brasília - IFB; Mackenzie; Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Fatec – SP; Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFarroupilha; Instituto Federal do Rio Grande do Norte - IFRN; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano; Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC - Rio; Unicamp – SP; Universidade Católica de Brasília - UCB; Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste; Universidade Federal da Bahia - UFBA; Universidade de Pernambuco - UPE; Universidade Federal de São Carlos – UFSCar; Universidade Federal do Acre - UFAC; Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA; Universidade Federal do Pampa - Unipampa; Universidade Federal do Paraná - UFPR; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Universidade Federal do Rio Grande - FURG; Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA; Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR.

Produção de conhecimento sobre o tema

Estudos sobre o pensamento computacional na educação básica brasileira estão distribuídos entre as seguintes localidades: Paraíba (PB) - 6; Pernambuco (PE) - 6; Rio Grande do Sul (RS) - 5; Santa Catarina (SC) – 5; Paraná (PR) - 4; São Paulo (SP) - 4; Bahia (BA) - 2; Pará (PA) - 2; Acre (AC) - 1; Ceará (CE) - 1; Distrito Federal (DF) - 1; Minas Gerais (MG) - 1; Rio de Janeiro (RJ) - 1; Rio Grande do Norte (RN) - 1.

O pensamento computacional pode ser pensado dentre duas possibilidades. Assim, como todas as disciplinas, pode fazer parte do currículo escolar; podendo ser articulado, de maneira interdisciplinar. Outra possibilidade que pôde ser vislumbrada, a partir dos estudos realizados, para a inserção do pensamento computacional na educação básica, refere-se à oferta de atividades extraclasse.

Os estudos analisados evidenciaram um aumento gradativo das notas dos estudantes, a partir das ações articuladas ao pensamento computacional. Esse é um resultado positivo, considerado significativo, uma vez que foi possível notar avanços no aprendizado dos estudantes, por meio dos projetos propostos, especialmente nas disciplinas das Ciências Exatas.

As atividades pedagógicas ao serem desenvolvidas para o pensamento computacional promovem autonomia para a resolução de problemas, assim como propicia o desenvolvimento de trabalho colaborativo.

O uso de atividades de diferentes formatos possibilitou mudanças nas práticas pedagógicas dos professores, o que contribuiu aos estudantes diversas maneiras de explorar o conhecimento e colocá-los em prática.

As experiências evidenciadas favoreceram aos estudantes e professores maior parceria com a comunidade externa, uma vez que houve o apoio e a comunicação com membros de outras instituições da comunidade, como exemplo, pesquisadores, pós-graduandos e graduandos, de cursos afins.

Os projetos implementados e apresentados nos artigos analisados também ofereceram um feedback muito interessante em termos de design instrucional para o desenho de práticas pedagógicas voltadas ao ensino e à aprendizagem de computação na educação básica.

Para a efetivação do pensamento computacional na escola, ainda há que se superar o desafio de um trabalho interdisciplinar.

A discussão a respeito do desenvolvimento de currículos, contendo conteúdos da Ciência da Computação na educação básica pode ser considerada um avanço. Nesse sentido, será preciso pensar como será a formação inicial e continuada dos professores nesse cenário.

As avaliações de aprendizagem devem ocorrer continuamente para acompanhar o desenvolvimento do aluno. Por isso, requer que o professor tenha um olhar mais crítico em relação às habilidades, que são desenvolvidas quando os alunos desenvolvem o pensamento computacional.

A equipe gestora da escola deve assumir papel fundamental na concepção, planejamento, implementação e acompanhamento das ações articuladas ao uso das tecnologias e do pensamento computacional em seu ambiente de atuação.

Desafios Encontrados
Palavras-chaves
Educação Básica Pensamento Computacional Políticas Públicas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
Autores
  • Adriana Aparecida de Lima Terçariol
  • Agnaldo Keiti Higuchi
  • Elisangela Aparecida Bulla Ikeshoji
  • Ingrid Santella Evaristo
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