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Publicação do CIEB explica como as tecnologias digitais podem ajudar o Brasil a oferecer uma educação com mais qualidade e equidade

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Para alcançar esse resultado, as escolas precisam desenvolver ações simultâneas e equilibradas em quatro frentes, como descreve o Marco Conceitual da Escola Conectada

Marco Conceitual - Escola Conectada
Publicação Marco Conceitual – Escola Conectada

O aumento do uso de tecnologias digitais em atividades pedagógicas revigorou o debate sobre como esses recursos podem melhorar a qualidade e a equidade da educação brasileira. O questionamento não é novo e há anos estimula a busca de respostas por pesquisadores e pesquisadoras do mundo todo.

A equipe do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) também já se fez esse questionamento e, a partir da consulta de referenciais nacionais e internacionais, conseguiu sistematizar uma resposta, mais precisamente, o conceito de Escola Conectada.

Nessa concepção, as escolas podem ser transformadas pelo uso pedagógico, intencional e ético das tecnologias. Porém, para que isso aconteça e resulte em melhorias na aprendizagem, são necessárias ações e investimentos simultâneos em quatro dimensões: visão, competências, recursos educacionais digitais e infraestrutura.

“As escolas precisam ter uma visão estratégica e planejada para o uso da tecnologia na educação, expressa em seu currículo e nas práticas pedagógicas, desenvolver competências digitais de gestores/as e docentes, selecionar recursos educacionais digitais alinhados ao currículo e ter uma infraestrutura adequada”, explica Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB.

Com isso, a Escola Conectada pode oferecer a educação híbrida.

Essas informações estão detalhadas no Marco Conceitual – Escola Conectada, publicação lançada pelo CIEB para difundir aprendizados, qualificar o debate público e apoiar na tomada de decisões sobre o tema. Para acessar e compartilhar o documento, clique aqui.

 

Progressão em níveis

Matriz de indicadores dos níveis de adoção de tecnologias digitais da escola
Matriz de indicadores dos níveis de adoção de tecnologias digitais da escola

Considerando a diversidade de contextos das escolas brasileiras, o CIEB propõe quatro níveis de adoção de tecnologias educacionais: emergente, básico, intermediário e avançado.

Eles estão sintetizados na “Matriz de indicadores dos níveis de adoção de tecnologias digitais da escola” e mostram como se dá o avanço gradual em cada uma das quatro dimensões da Escola Conectada (visão, competências, RED e infraestrutura) nessa escala. A mesma análise pode ser feita em relação à escola, aos gestores e gestoras e, finalmente, aos/às docentes.

“Essa abordagem de progressão gradativa tem importância fundamental, pois mostra as ações que precisam ser tomadas para que a escola avance de forma consistente e equilibrada nesse processo”, explica Larissa Santa Rosa, especialista em Educação do CIEB.

 

Referencial robusto e eficaz

O conceito de Escola Conectada, criado pelo CIEB em 2017, é baseado no modelo Four in Balance, desenvolvido pela Fundação Kennisnet, da Holanda. Além de adaptá-lo para a realidade da rede pública brasileira, o CIEB agregou ao conceito um eixo transversal composto por currículo, avaliação e pesquisa.

A formulação foi apresentada ao Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em 2016, e se mostrou efetiva ao ser incorporada ao documento oficial “Diretrizes para uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017- 2021”, entregue ao Ministério da Educação no mesmo ano.

A concepção também está presente no Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), formulado pelo MEC com o apoio técnico do CIEB. A espinha dorsal da iniciativa, lançada em 2017, é justamente o modelo conceitual das quatro dimensões em equilíbrio. Em 2021 foi publicada a  Lei 14.180 que institui o conceito de Escola Conectada em Política de Inovação Educação Conectada.

Além de propor cenários e possibilidades para o uso pedagógico e eficiente das tecnologias digitais na educação, o conceito de Escola Conectada também contempla a ideia de uma escola inserida na cultura digital, capaz de oferecer experiências educacionais presenciais, híbridas, remotas e online, utilizando a tecnologia para ampliar o tempo, o espaço, o ritmo e os formatos dos processos de ensino e aprendizagem.

“Nessa perspectiva, o uso das tecnologias digitais pode, sim, promover mais qualidade e equidade na educação pública brasileira”, finaliza Dellagnelo.

Para baixar o Marco Conceitual – Escolas Conectadas, clique aqui.

Publicado em: Notícias Gerais