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V Encontro Nacional da IEC-BNDES começa com a troca de aprendizados e conquistas

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Evento reuniu os territórios participantes do programa, que destacaram lições aprendidas, avanços e planos para o futuro

Iniciada em 2018 e agora prestes a ser concluída, a Iniciativa BNDES Educação Conectada implementou, em seis territórios, pilotos do Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), desenhada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2017 para universalizar o acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica.

De lá para cá, o PIEC se transformou em política pública (Lei 14.180) e os territórios participantes atravessaram vários estágios de incorporação e uso de tecnologias digitais nas escolas. A experiência foi – e tem sido –  muito desafiadora, mas o saldo é também de muitas lições, conquistas e planos para o futuro. Esse foi o tom dos relatos das gestoras e gestores que compartilharam as experiências de suas redes de ensino no V Encontro Nacional da IEC-BNDES, promovido pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), parceiro técnico da Iniciativa. 

“A articulação das redes municipais com a rede estadual foi uma experiência muito positiva, pois propiciou o compartilhamento de experiências e aprendizados. Isso certamente vai continuar aqui no Paraná”, adiantou Karen Larissa Godoy dos Santos, representante do território do Paraná, ao se referir ao trabalho conjunto realizado entre a Secretaria Estadual de Educação com as Secretarias Municipais de Educação de Guarapuava e Campo Mourão. 

Já no território do Rio Grande do Sul, um dos aspectos que permanecerá será o uso da teoria das Quatro Dimensões, segundo a qual são necessárias ações e investimentos simultâneos em quatro frentes para as tecnologias impactarem positivamente a educação (leia mais aqui). “Não basta comprar notebooks para as escolas sem pensar antes se professores vão saber utilizá-los ou se haverá recursos educacionais digitais adequados. Todos os projetos envolvendo tecnologia devem ser trabalhados a partir dessa proposta”, ressaltou Maritê Moro Neocatto, representando o território do Rio Grande do Sul. 

Mesma opinião têm Arlindo Matheus, que representou o território da Bahia, e Eunice Lisboa, do Tocantins. Ambos reforçaram a importância do conceito de Escola Conectada e o compromisso de mantê-lo como referência. 

As redes também aprenderam bastante com os processos de compras públicas – inclusive a fazer especificações técnicas para a aquisição, como destacou o território da Paraíba –  e também a mensurar a real necessidade das escolas em termos de equipamentos e conectividade. “Hoje a gente sabe que não basta somente ter internet. Precisamos de uma internet de qualidade para as escolas”, pontuou Sarah Karenine, de Sergipe. 

Confira abaixo a sistematização das lições aprendidas, conquistas, desafios para o futuro e agradecimentos de todos os territórios participantes: 

 

Política pública aplicada 

Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, afirmou que a IEC é a tradução de uma política pública para a realidade das redes públicas brasileiras. “Foi um trabalho muito desafiador, mas todos que participaram colocaram essa política “de pé” e aprenderam o que funciona e o que precisa ser melhorado. A sistematização desses aprendizados vai contribuir com a melhoria da PIEC. Agradeço a todos vocês que demonstraram resiliência ao longo dessa caminhada e não desistiram”, falou aos participantes do evento. 

A contribuição que a IEC pode dar para a educação pública brasileira também foi lembrado por Conrado Leiras, chefe do Departamento de Educação e Investimentos Sociais do BNDES. “As experiências nos ensinaram muito sobre como podemos contribuir com a melhoria da educação no Brasil. A nossa expectativa é reforçar a Iniciativa e trazer todo o seu legado para a PIEC como um todo”, afirmou.

 

Legado para as redes

O evento também contou com a participação dos parceiros da IEC. Patrícia Mota Guedes, gerente de Educação da Fundação Itaú Social, lembrou que a Iniciativa propiciou aos territórios o desenho de uma visão compartilhada, além de um trabalho muito forte de monitoramento e acompanhamento. “Também temos que celebrar o fato de termos parceiros como o CIEB e o CEIPE, que trazem um olhar não só para para as tendências do Brasil, mas também do do mundo. Para nós, do Itaú Social, a IEC nos enche de esperanças com o legado que pode chegar para outras redes e territórios”, declarou.

O papel do monitoramento foi igualmente destacado por Ana Lídia Santana Schroeder, coordenadora de Conectividade nas Escolas da Fundação Lemann, que afirmou que “poucas políticas têm a oportunidade de ter esse acompanhamento. A gestão e a produção de conhecimentos é uma das grandes contribuições do projeto”, disse. 

À frente das ações de monitoramento e avaliação, o Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (CEIPE), ligado à Fundação Getulio Vargas (FGV), iniciará em 2022 o processo de avaliação, que será tanto quantitativo quanto qualitativo, como detalhou Ariana Britto, coordenadora do CEIPE. 

Ana Caroline Santos Calazans Vilasboas, Diretora de Articulação e Apoio às Redes de Educação Básica do Ministério da Educação, também marcou presença por meio de um vídeo gravado para os participantes. Na mensagem, ela lembrou a importância da sanção da Lei no 14.180, “que fortalece e traz robustez às ações do PIEC”. 

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Publicado em: Notícias Gerais