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Por que investir na aprendizagem baseada em projetos?

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Professor, que tal trabalhar com aprendizagem baseada em projetos? Conheça mais sobre a metodologia neste último vídeo da Websérie Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia.

O mês de fevereiro de 2020 registrou o maior índice de chuvas na Região Sudeste nos últimos anos. As tragédias em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória tomaram o noticiário e muitos alunos não tiveram aulas no período. Como as escolas foram afetadas com os temporais? 

O professor pode transformar essa resposta em um projeto colaborativo e investigativo, envolvendo estudantes e duas (ou mais) disciplinas, além de contar com o apoio da tecnologia durante o processo de construção. Trata-se da aprendizagem baseada em projetos, foco do sexto vídeo da Websérie Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia. O especial foi criado pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) pensando no planejamento docente neste início de ano letivo. 

Construção coletiva

Criatividade, pensamento crítico e colaboração são essenciais neste modelo de prática pedagógica. A aprendizagem baseada em projetos surge a partir de uma pergunta norteadora, que precisa ser ampla e desafiadora para estimular os estudantes na busca por respostas.

“Usualmente, a pergunta norteadora é uma dificuldade encontrada por quem aplica essa metodologia. É uma questão que não tem resposta imediata”, explica Lilian Bacich, da Tríade Educacional, especialista convidada pelo CIEB para comentar a websérie.

Tal pergunta envolve o processo de investigação, conecta diferentes áreas do conhecimento, levando os alunos a uma postura investigativa com apoio dos docentes. “É uma postura de alguém que intervém em relação aos problemas reais”, ressalta Lilian, também organizadora do livro STEAM em sala de aula, que será lançado em breve pela Editora Penso.

Para a melhor execução dessa prática, voltada para aprofundar a pesquisa ou para fazer uma pesquisa inicial de um projeto, é importante que os professores executem e avaliem o projeto em conjunto – o que pressupõe, por parte da gestão escolar, o apoio para que os docentes tenham tempo de realizar esse planejamento coletivo.

Metodologia ativa

Não à toa a equipe do CIEB escolheu a aprendizagem baseada em projetos para finalizar a websérie: a prática pode envolver todas as metodologias ativas apresentadas nos vídeos anteriores. “O professor pode trabalhar com sala de aula invertida para preparar os alunos para o debate. Se for construir protótipos, usará as aulas mão na massa, entre outros exemplos”, afirma Lilian.

A despeito de o professor desenhar a experiência de aprendizagem, em cada etapa de desenvolvimento de um projeto o aluno terá desafios para vencer por conta própria, pela sua relação na construção de conhecimento. 

“Os projetos podem nos ajudar a desenvolver essas habilidades socioemocionais como a criticidade, criatividade, colaboração e comunicação de forma intencional e sistematizada, além de tornar o ensino mais estimulante e criar estudantes que tenham verdadeira paixão por aprender”, conta a especialista, neste artigo

São seis os modelos de Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia que compõem a Websérie CIEB, disponível no YouTube do CIEB: aula enriquecida com tecnologiaensino híbrido: sala de aula invertida, ensino híbrido: rotação por estações,  ensino personalizado (já disponível), aulas mão na massa e aprendizagem baseada em projetos (matéria acima).

Apoio aos itinerários formativos 

De acordo com a consultora em educação Ana Paula Gaspar, a aprendizagem baseada em projetos é uma metodologia muito apropriada para a implementação de itinerários formativos do ensino médio.

“O itinerário pressupõe um aprofundamento e a interdisciplinaridade entre as áreas de conhecimento, e pode mesclar, por exemplo, ciências humanas, ciências da natureza e linguagens. O estudante consegue trabalhar de forma bem mais engajada e ser protagonista de sua aprendizagem”, exemplifica Ana Paula, autora da dissertação de mestrado  Um framework para o Projeto Político Pedagógico (PPP) de escolas inovadoras: as contribuições do design de serviço, pela CESAR School.

Uso do design thinking

Metodologia usada na educação em busca da solução de problemas, o design thinking é uma abordagem que favorece a aprendizagem baseada em projetos. Segundo Ana Paula, “o design thinking tem um modelo mental, projetual e focado na resolução de problemas. Há várias ferramentas e projetos para apoiar o professor a trabalhar o design de forma transversal na aprendizagem baseada em projetos”.  Confira algumas dessas ferramentas nas dicas listadas abaixo:

Websérie CIEB: Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia

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INSPIRAÇÕES

Aprender a aprender: como o design pode mudar a escola – Instituto Península e Tellus

MATERIAIS DE APOIO

Aprendizagem Baseada em Projetos: desafios da sala de aula em tempos de BNCC – Site da Lilian Bacich

Aprendizagem baseada em projetos – Porvir

Como construir uma aprendizagem baseada em projetos – Site Universia

LIVROS

Aprendizagem Baseada em Projetos: Educação Diferenciada para o Século XXI – Willian N. Bender

Aprendizagem Baseada em Projetos: Guia para Professores de Ensino Fundamental e Médio – Buck Institute for Education

Planejamento para a Compreensão – Nova Escola

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