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Ensino a distância: o falso dilema na formação de professores no Brasil

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Como as modalidades presencial e on-line podem ser integradas para criar experiências híbridas de aprendizagem na formação de professores brasileiros?

Por Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB

A polêmica sobre cursos a distância para a formação de professores está equivocada em seu foco e objetivos. A aprendizagem on-line é um processo irreversível, que tem permitido a milhares de pessoas o acesso à educação superior e à formação em novos campos de conhecimento – viabilizando assim o “re-skilling” que é tão fundamental para o mundo de trabalho atual.

No Brasil, o curso com maior número de matrículas na modalidade on-line é o de pedagogia (441 mil segundo a Hoper Educação). O fato tem levantado, com razão, sérias preocupações sobre a qualidade de formação inicial dos professores que irão atuar nas escolas públicas brasileiras.

Considerando que as taxas de evasão e o desempenho em provas nacionais (como o ENADE) dos egressos de cursos de pedagogia presencial e on-line não apresentarem diferenças significativas, sendo ambas muito problemáticas, o foco deveria estar na definição dos elementos indispensáveis para uma formação profissional de qualidade.

Os elementos mais importantes para uma formação profissional de qualidade é o acesso a referenciais teóricos consistentes, momentos de discussão e a oportunidade de aprender na prática com profissionais experientes na área.

As modalidades presencial e on-line podem ser integradas para criar experiências híbridas de aprendizagem na formação de professores. Isso significa integrar aulas conceituais on-line com atividades síncronas e assíncronas entre alunos e professores, e momentos de prática supervisionada em escolas.

Deveríamos focar em como viabilizar uma formação de professores que ofereça estes elementos, em escala, para formar os novos professores que o Brasil necessita com urgência!

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