Notícias Gerais

Conselho Nacional de Educação estabelece normas específicas para o ensino de computação na educação básica 

clique na imagem para ampliar

Parecer foi aprovado na Câmara de Educação Básica e será enviado para a homologação do ministro da Educação 

Reconhecendo o impacto do desenvolvimento tecnológico na sociedade, a Base Nacional Comum Curricular incluiu a cultura digital na lista das dez competências gerais da educação básica e estabeleceu a importância de inserir temáticas de computação tanto nos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da educação infantil, como em competências específicas e habilidades dos diferentes componentes curriculares do ensino fundamental e médio. 

Contudo, ainda faltava à BNCC estabelecer as normas para o ensino de habilidades em computação na educação básica. Esse capítulo está prestes a ser concluído com o fechamento do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre o tema. 

Relatado pelo conselheiro Ivan Cláudio Pereira Siqueira, o texto foi aprovado por unanimidade pelos membros da Câmara de Educação Básica do CNE e será enviado para o ministro da Educação para fins de homologação. 

“Iniciamos a construção desse parecer em 2017. Ele é fruto de uma coletividade muito expressiva, pois contou com a participação de várias pessoas e instituições, inclusive de outras áreas que não da computação. O Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) teve uma participação muito importante, desde o início até a etapa final”, ressalta Siqueira. 

Ao longo de todo esse período, grupos de trabalho reunidos periodicamente analisaram a literatura existente sobre o assunto e olharam para práticas nacionais e internacionais para propor um conjunto de competências e habilidades adequadas às etapas da educação básica. 

Sobre este ponto, Siqueira enfatiza a preocupação da relatoria em gerar uma tabela sucinta de referenciais e de estabelecer um elo entre as habilidades ao longo da escolarização. Há uma evolução orgânica entre o que está na educação infantil e depois segue para os anos iniciais, anos finais e ensino médio, explica o relator. 

“Pela primeira vez nós temos uma norma de como implementar a computação nas escolas do país. Nesse sentido, o documento pode ajudar bastante o Brasil a estabelecer políticas macro, partindo do Ministério da Educação, como também micropolíticas, no âmbito dos estados e municípios”, afirma.

 

O papel do CIEB  

Presente desde o início das discussões da computação na BNCC,  o CIEB, recentemente colaborou e coordenou uma proposta para o ensino da computação junto especialistas e organizações  para o CNE. 

As discussões e a redação do documento contaram com a participação de dezenas de pesquisadores, além das seguintes organizações: British Council, Colégio Humboldt – Deutsche Schule in São Paulo, Instituto Ayrton Senna, Instituto Crescer, Instituto Palavra Aberta/EducaMídia e Universidade do Vale do Itajaí. 

A partir das propostas da Sociedade Brasileira de Ciência (SBC) e da Rede de Licenciaturas em Computação-RELIC, além da coordenada pelo CIEB, o CNE propôs uma combinação das duas de forma consensual, explica Maria Alice Carraturi, que liderou pelo CIEB essa articulação. 

Para conferir o resultado final das competências e premissas específicas da computação na BNCC, clique aqui. O parecer completo será disponibilizado até o final de fevereiro, conforme previsões do CNE. 

Publicado em: Notícias Gerais