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Nove medidas empregadas por diferentes países para conectar crianças e jovens

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Líder global para Inovação na Educação do Banco Mundial, Michael Trucano, abordou o tema durante o seminário Internacional Repensando o Papel das Tecnologias na Educação, promovido pelo CIEB

Diante do desafio de dar continuidade às aulas de forma remota, os países recorreram a diversas soluções para conectar as crianças e jovens. Michael Trucano, líder global para Inovação na Educação do Banco Mundial, listou nove medidas durante o seminário internacional Repensando o Papel das Tecnologias na Educação, realizado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) em março. São elas:

  • Isenção da cobrança (zero-rating) por acesso a conteúdos educacionais (África do Sul).
  • Alteração nas bandas de conectividade para tornar o tráfico de dados mais rápido (Quênia).
  • Aumento do pacote de dados dos planos em vigor (Turquia).
  • Remoção de restrições para liberar a comunicação por voz (Omã).
  • Acesso a fundos de serviço universal.
  • Distribuição de equipamentos (Egito, Estados Unidos e Coreia do Sul).
  • Oferta de conectividade em locais públicos, como ônibus e praças (Estados Unidos).
  • Utilização de mensagens SMS e disponibilização de serviços de call center (Equador).
  • Distribuição de chips (Quirguistão).
Michael Trucano, líder global para Inovação na Educação do Banco Mundial, listou nove medidas durante a apresenta no seminário internacional Repensando o Papel das Tecnologias na Educação
Michael Trucano, líder global para Inovação na Educação do Banco Mundial, participou do seminário internacional “Repensando o Papel das Tecnologias na Educação”

Além de mover as lideranças na busca por soluções, a crise provocada pela pandemia também está provocando mudanças substanciais na maneira como as sociedades e os governos encaram a necessidade de universalizar o acesso a equipamentos e conectividade, contou o especialista. “Se antes a superação desse gap era algo bom para se fazer, agora ela se tornou fundamental”, declarou Trucano.

As motivações para investir nessa frente estão igualmente em mutação. Tradicionalmente, os projetos e investimentos tinham como propósito prover acesso a conteúdos educacionais. “Outras razões foram surgindo ao longo do tempo, como a necessidade de desenvolver competências digitais. A novidade agora é o argumento de que também precisamos garantir a interação entre os alunos. Isso não se falava antes”, contou.

Recomendações gerais para os governos

Trucano, que também atua como conselheiro do setor de educação em mais de 50 países, destacou sete aspectos importantes para as lideranças consideraram na construção de planos de ampliação de conectividade na educação:

  • Defina os objetivos educacionais que o sistema educacional deseja alcançar e entenda como a maior oferta de conectividade, junto com outras medidas complementares, poderão contribuir com essas metas.
  • Conectividade para quem e onde: a conectividade ficará restrita na escola ou também será ofertada para fora dela? Além disso, quem fará uso do serviço?
  • Quais são os aspectos técnicos e funcionais essenciais para os objetivos pretendidos?
  • Quem vai pagar pela conectividade? Governo, escola, famílias, setor privado?
  • Como financiar: qual será a fonte dos recursos?
  • Os investimentos ficarão restritos à oferta de conectividade ou também se estenderão à compra de equipamentos, ações de formação, produção de conteúdos, infraestrutura etc.?
  • Não deixe de considerar também elementos como manutenção, segurança, regulação e, principalmente, que o quadro atual da educação vai mudar.

“Também vale observar alguns princípios”, destacou Trucano. “A conectividade tem que ser para todos e o programa de expansão deve ter uma abordagem ecossistêmica. Não pensem apenas nos provedores de conectividade”, afirmou.

A apresentação na íntegra está disponível no canal do CIEB no YouTube. Acesse aqui:

 

 

 

 

Publicado em: Notícias Gerais