Nesta primeira etapa, serão oferecidos, de maneira on-line e gratuita, cinco planos diferentes para que os gestores públicos possam se inspirar e construir suas próprias estratégias de aprendizagem remota.
Acesse as estratégias!
Ao constatar, durante a apuração de uma pesquisa exclusiva, os desafios das secretarias estaduais e municipais de Educação em oferecer atividades remotas durante a pandemia, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) reuniu sua equipe de especialistas para construir as Estratégias de Aprendizagem Remota para Secretarias de Educação. Lançadas nesta segunda-feira (6), as estratégias estão divididas em cinco* planos diferentes para que os gestores públicos possam se inspirar e desenvolver seus próprios modelos de aula:
- Transmissão de aulas e conteúdos educacionais via televisão
- Videoaulas gravadas e disponibilizadas em redes sociais
- Aulas ao vivo e on-line transmitidas por redes sociais
- Envio de conteúdos digitais em ferramentas on-line
- Disponibilização de plataformas de ensino on-line
*ainda nesta semana, outras duas estratégias serão lançadas
Desafios das secretarias de Educação
Tais planos foram construídos a partir do estudo Planejamento das Secretarias de Educação do Brasil para ensino remoto, liderado pelo CIEB, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Fundação Lemann. A pesquisa contou com as respostas de 3.032 secretarias municipais de todos os estados do país (54,5% do total nacional) e de 21 secretarias estaduais (77,8% do total nacional) e ganhou destaque na imprensa.
O levantamento apontou que as principais diretrizes adotadas pelos municípios têm sido a disponibilização para os estudantes, via redes sociais, de: materiais digitais (18,9%), envio de orientações para apoiar os livros didáticos (12,4%) e videoaulas gravadas (7,45%), além de materiais impressos para os alunos que não dispõem de conectividade (6,4%).
Em relação às secretarias estaduais, 40% afirmaram contar com um processo mais estruturado, com plataformas on-line, disponibilização de videoaulas gravadas via redes sociais e compartilhamento de materiais digitais via redes sociais entre suas estratégias.
Estratégias sugeridas
A partir dessa escuta, o CIEB sugere formatos possíveis para a implementação de estratégias de aprendizagem remota, levando em consideração, além da realidade local de cada rede de ensino, outros três pontos fundamentais: disponibilidade de infraestrutura e conectividade, conhecimentos técnicos da rede e a possibilidade de mobilização da comunidade escolar.
“Essas estratégias foram criadas para serem usadas de forma muito prática pelo gestor de educação pública”, afirma Jean Rafael Tomceac, coordenador de educação do CIEB. Ao identificar as necessidades dos estudantes e as ferramentas que os gestores têm à disposição, a rede deve se questionar: o estudante tem internet ou é melhor pensar em uma videoaula transmitida pela televisão? Pelo celular ele consegue acompanhar uma live pelo Facebook, por exemplo?
“Além das transmissões, também sugerimos repositórios de arquivos digitais, como o One Drive, o Google Drive, e formatos de trabalhos pedagógicos a partir dessas ferramentas”, explica Tomceac. “Outra proposta é o trabalho com os Ambientes Virtuais de Aprendizagem”, complementa. Para cada estratégia de aprendizagem remota, existem especificidades e experiências de sucesso que já acontecem em diferentes estados.
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Confira o que cada estratégia oferece:
Transmissão de aulas e conteúdos educacionais via televisão (clique para baixar o PDF)
Caso a rede reconheça que a maioria dos estudantes tem televisão em casa, o gestor pode identificar um parceiro na TV local para transmitir as aulas em um horário determinado. O alcance pode ser enorme. Além do acordo com a emissora, é preciso pensar no plano de aula e identificar pontos importantes: há professores com experiência e interesse na área de audiovisual em sua rede? Eles são de disciplinas diferentes? Conseguem ser dinâmicos na gravação dessas aulas?
Videoaulas gravadas e disponibilizadas em redes sociais (clique para baixar o PDF)
Que tal criar e compartilhar conteúdo educacional em perfis institucionais da secretaria (YouTube, Facebook, Vimeo etc.)? A condição necessária é ter suporte para a gravação de vídeos, seja um estúdio simples ou mesmo um bom smartphone. Há uma série de aplicativos para incrementar vídeos gravados em celular – e também apoiar na edição desses vídeos. Nesta estratégia, além de um professor interessado em ter sua aula gravada, é preciso contar com o apoio de algum integrante da rede de ensino que conheça bem a gestão das redes sociais, possa fazer as postagens e mediar os comentários com as dúvidas dos estudantes.
Aulas ao vivo e on-line transmitidas por redes sociais (clique para baixar o PDF)
O objetivo também é o compartilhamento de conteúdo por meio dos canais oficiais da secretaria (YouTube, Vimeo, Instagram etc.) com mediação da rede. O desafio é a interação em tempo real com os estudantes, no processo chamado comunicação síncrona (simultânea). O professor precisa ter conhecimento de interação on-line, que é bastante diferente do presencial. Tem a ver com gestão de rede social, para que os momentos das perguntas e trocas aconteçam de forma efetiva. Apesar de ser uma das estratégias de aula remota mais potentes (o horário é marcado, o aluno e o professor se preparam para aquele momento), um grande limitador pode ser a conexão com internet.
Envio de conteúdos digitais em ferramentas on-line (clique para baixar o PDF)
Para que essa estratégia seja aplicada de maneira efetiva, é preciso que a equipe faça uma curadoria de conteúdo digital e organize esses materiais dentro de uma plataforma como o Google Drive, por exemplo. O aluno pode acessar o material (textos, vídeos, infográficos etc.) no momento em que quiser.
Disponibilização de plataformas de ensino on-line (clique para baixar o PDF)
Essa estratégia reúne plataformas selecionadas pela Secretaria de Educação, com propostas pedagógicas bem direcionadas. É o plano mais completo – porém, o mais demorado para ser implantado, pois as plataformas são pensadas especificamente para um plano de gestão já estruturado.
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Publicado em: Notícias Gerais