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Audiência pública debate criação de Política Nacional de Educação Digital

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CIEB participou de discussão no Senado, promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), sobre o Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Educação Digital (PL 4.513/2020)

Aconteceu, no dia 23 de novembro, debate no Senado sobre projeto de lei que institui a Política Nacional de Educação Digital (PL 4.513/2020). A proposta, de iniciativa do senador Jean Paul Prates (PT-RN) e da deputada Ângela Amin (PP-SC), tem como objetivo instituir uma política de educação digital estruturada de acordo com os seguintes eixos: inclusão digital; educação digital e qualificação digital.

O CIEB foi representado durante as discussões pela Renata Altman, consultora de projetos educacionais.

“A gente fica feliz em ver o aceno para uma política nacional que coloca o país em outro patamar no que diz respeito aos avanços tecnológicos na educação básica”, expressou Renata na abertura de sua fala.

A agenda da tecnologia na educação tem sido acompanhada de perto pelo CIEB, que em conjunto com especialistas da Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Natura, Imaginable Futures e MegaEdu, fez uma análise do Projeto de Lei e apresentou suas recomendações durante a audiência.

“Consideramos, sobretudo, após a pandemia, que a pauta se mostra urgente e necessária para que avancemos, de fato, para uma transformação digital da educação no nosso país”, comentou Renata.

Importância da nova Política de Educação Digital para o cenário de inovação da educação brasileira

O Brasil já tem o Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), que contou com a ajuda do CIEB em seu desenvolvimento, e outras iniciativas sobre o uso de tecnologia na educação brasileira. A aprovação dessa nova política nacional considera os seguintes fatores:

  • O documento prevê e contempla as necessidade de desenvolvimento de competência digitais desde a infância até a sua vida adulta;
  • Avanço na compreensão das competências digitais como um processo continuado. Entendendo que a falta deste compromete a atuação plena dos indivíduos enquanto cidadãos na sociedade.
  • Articulação alinhada a outras políticas como a PIEC, PNE (Plano Nacional de Educação), FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Tanto na universalização da internet quanto na formação de professores.

Escolas ainda enfrentam desafios no uso de tecnologias para o ensino

O diagnóstico Guia Edutec, feito com mais de 123 mil escolas públicas, apontou que a média nacional das instituições de ensino ainda têm nível básico (segundo dos quatro níveis avaliados pelo sistema) em três dimensões da inserção da tecnologia no ensino: visão, competências e recursos educacionais digitais. Além de estar no nível emergente (primeiro dos quatro níveis) no quesito de infraestrutura.

 

Ilustração com quatro peças de quebra cabeça coloridos: um amarelo (escrito visão), azul (escrito conteúdo e recursos digitais), verde (escrito infraestrutura) e rosa (formação).

Saiba mais sobre no Marco Conceitual Escola Conectada.

O Guia EduTec é uma ferramenta online e gratuita que faz um diagnóstico do nível de adoção de tecnologia de escolas de redes públicas de ensino.

Já a Autoavaliação de Competências Digitais de Professores (as), também disponível na ferramenta, indicou que o nível médio de competências digitais docentes está no de familiarização. O que significa que o educador começa a conhecer e usar pontualmente às tecnologias nas suas atividades, identifica e enxerga a tecnologia como apoio ao ensino e utiliza a tecnologia centrado no próprio trabalho com pouco uso pelos alunos e de forma interativa.

“Em resumo, a escola está com baixo uso da tecnologia e os professores não estão preparados para o uso dela. A partir desses dados, entende-se que ainda há um caminho longo a ser desenhado para o avanço na formação dos professores” afirmou Renata durante o debate.

Ao concluir sua fala, Renata também ressaltou a importância da regulamentação do PL e que esteja alinhada às demais políticas e fontes de financiamento. “Reitero nosso desejo de que essa política tenha sucesso na sua aprovação e na sua futura implementação” finalizou ela.

Assista ao debate na íntegra

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Publicado em: Notícias Gerais