Eu transformo a educação com tecnologia

Adriana Lisbôa Rosa

Desde maio de 2020, o CEPAN (Centro de Formação Padre José de Anchieta) é o responsável por fomentar as práticas pedagógicas para uso das tecnologias na rede estadual do Amazonas. Para tocar o desafio, a instituição aplicou a Autoavaliação de Competências Digitais de Professores/as, do CIEB, e buscou parceria com o CEMEAM (Centro de Mídias de Educação do Amazonas) e com a Fundação Telefônica Vivo, a última por meio do programa Escola Conectada. Adriana Lisbôa Rosa é gerente de Formação do CEPAN e nos conta mais sobre como tem sido a formação de docentes. Acompanhe.

Como os programas de formação da rede trabalham o uso pedagógico das tecnologias digitais?

Com o objetivo de promover a formação pedagógica para o uso das tecnologias, a gestão atual fortaleceu o setor de educação a distância, oferecendo, entre outras ações, cursos online sobre ensino híbrido e a ressignificação da prática pedagógica, além de cursos para gestores sobre temas relacionados às necessidades da pandemia.

O aplicativo Aula em Casa, implementado no ano passado, também possui uma seção de formação para professores, onde há programas síncronos, transmitidos ao vivo, sobre temas voltados à tecnologia, como tutoriais sobre os recursos digitais que foram construídos para proporcionar conhecimento de recursos tecnológicos aos professores. O aplicativo apresenta ainda uma curadoria de recursos de aprendizagem e de planejamento e avaliação.

Apesar de todos esses recursos citados, não conseguimos alcançar todos os professores, principalmente nos municípios. Por isso, estamos programando para o segundo semestre algumas ações presenciais de formação. Levaremos temas como ensino híbrido, metodologias ativas, desenvolvimento escolar na gestão, além de fazer oficinas e minicursos com a temática tecnológica para ajudá-los nessa adaptação.

Qual é a importância de desenvolver competências digitais entre os docentes? A pandemia mudou alguma coisa nesse aspecto?

Competências são as nossas capacidades de mobilizar nosso conhecimento. Nessa perspectiva, não adianta o professor conhecer o recurso tecnológico, ele precisa saber aplicar. Com a pandemia, o professor teve de pensar em outra forma de configurar sua sala de aula; as competências digitais se tornaram necessárias. Nossos programas buscam desenvolvê-las e melhorar a prática pedagógica do professor. 

Qual material do CIEB a rede utilizou? Como isso impactou no trabalho e na educação?

No retorno às aulas, em 2020, o CEPAN entrou em contato com o CIEB para usar a ferramenta de Autoavaliação de Competências Digitais de Professores/as. A partir desse relatório, nós começamos a desenvolver nossas ações. De acordo com o relatório, nossos professores estão no nível de familiarização e adaptação. Especificamente para trabalhar as competências da área pedagógica, intensificamos o uso das ferramentas do Google, como Google Classroom e o Meet, além do WhatsApp. Para isso, produzimos diversos tutoriais a partir do que já estava disponível na rede.

Já na área de cidadania digital, por exemplo, trabalhamos a parte de segurança e o controle que o professor tem que ter ao usar os materiais. Tivemos diálogos construtivos sobre temas relacionados, como as fake news.

Finalmente, na frente de desenvolvimento profissional, promovemos palestras e diálogos de formação para destacar, entre outros pontos, a importância do projeto de vida do professor. Também tivemos um curso de ensino híbrido e a realização de um Café Pedagógico para falar de tendências e cursos ofertados por outras instituições parceiras. 

A partir do diagnóstico, estamos realizando ações e implementando outras para esse ano de 2021. O relatório ajudou muito a entender qual competência devemos focar mais.

Publicado em: transformadores