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Qual a importância de investir em start-ups de educação?

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O 1º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental aponta que 38% das startups mapeadas têm como foco a resolução de problemas da educação. O estudo é uma iniciativa da plataforma de negócios sociais Pipe.Social e contou com o apoio do CIEB, que viu na pesquisa uma oportunidade de conhecer qual o perfil e como melhor apoiar os empreendedores para que eles contribuam efetivamente para a qualidade e equidade na educação.

Ao mapear os empreendimentos de impacto social, é possível prever os desafios enfrentados por essas organizações e seus estágios de maturação. Entre as principais dificuldades enfrentadas pelos empreendedores desse setor, estão falta de recursos (46%),  necessidade de mentoria (20%) e assistência com comunicação (18%). Em relação ao estágio em que as empresas analisadas se encontram, 38% estão em fases de pré-organização do negócio (mvp, protótipo, piloto, validação), 19% estão na fase de organização, 14% na tração, 12% na pré-escala e 14% já na fase de escala.

Além disso, a pesquisa apontou que há um descompasso entre o que investidores buscam e o que o empreendedor brasileiro oferece. Há uma tendência do setor de investidores em olhar para empreendimentos já consolidados em detrimento daqueles que ainda estão na fase de organização ou de tração.

Mas qual a importância de investir nesse setor?

Não há solução mágica para os problemas enfrentados no setor de educação do país, em especial no que se refere à educação pública. Como ficou claro no Relatório do Guia EduTec, há ainda muitos desafios a serem enfrentados para que haja uma adoção efetiva de inovação e tecnologia no ensino público brasileiro.

Ainda assim, acreditamos que esses dois componentes são capazes de gerar melhorias tanto na gestão do setor quanto nos processos de ensino-aprendizagem. Sobre esse último podemos destacar algumas áreas de grande potencial de transformação e impacto, como a personalização do ensino, a autonomia de aprendizagem e a colaboração entre pares.

Em relação ao modelo de negócio, como esperado, a maioria possui foco em B2B (business to business) e B2C (business to consumer), com cerca 56% cada, mas é importante destacar que 35% dos empreendedores entrevistados afirmam trabalhar com o modelo business to government. Apesar de ser uma porcentagem expressiva, é pequena se avaliada em relação à divisão do mercado, que atualmente é de cerca de 80% público e 20% privado, o que evidencia a necessidade de mudanças que permitam ao setor público consumir e incorporar as inovações e tecnologias disponíveis.

É por isso que o CIEB atua conectando e fortalecendo esses atores, com projetos como a Plataforma EduTec, que permite que empreendedores cadastrem suas ferramentas e que gestores públicos e outros atores do setor encontrem essas organizações, e também dialogando com o setor público de modo a incentivar e facilitar criação de políticas de inovação e tecnologia educacional.

Veja os resultados completos do 1º Mapa de Negócios de Impacto Social+Ambiental.

 

Publicado em: Notícias Gerais