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Estratégia adotada em São Paulo para engajar os alunos e dar continuidade às aulas se torna referência mundial

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A indicação foi feita pela OCDE, que apontou a contribuição de parceiros externos como um fator-chave do projeto paulista. CIEB é um dos colaboradores

Governantes do mundo todo estão enfrentando o desafio de manter suas redes de ensino em operação, apesar do fechamento das escolas. As respostas às dificuldades trazidas pela pandemia do novo coronavírus são variadas, mas algumas têm sido mais eficazes e podem servir de referência. É o caso do conjunto de ações implementado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, como aponta a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A instituição está colhendo referências inspiradoras no mundo todo e o caso de São Paulo figura entre elas. O programa implantado em São Paulo foi descrito em um artigo assinado por Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), e Fernando Reimers, professor de Harvard. Eles farão uma apresentação detalhada do material no dia 23 de julho, às 11h, em um webinar que também contará com a participação de Rossieli Soares, secretário de Educação de São Paulo, e Andreas Schleicher, diretor de Educação da OCDE. A transmissão começa às 11h (horário de Brasília) e poderá ser acompanhada pelo Facebook.

Estratégias variadas para alcançar todos os alunos

Ainda sem tradução para o português, o artigo da OCDE afirma que, em um período de 41 dias (entre 16 de março e 27 de abril), a Secretaria de Educação foi capaz de estruturar uma rede remota de ensino e aprendizagem com potencial para atender os 3,5 milhões de alunos.

Os estudantes que não têm acesso a recursos digitais estão recebendo materiais impressos e os demais, que compõem a maioria, estão assistindo videoaulas pela TV aberta ou pela internet (redes sociais e aplicativo de celular). Os docentes também criaram grupos virtuais com seus alunos para manter o vínculo, esclarecer dúvidas e sugerir atividades.

A produção e a disseminação dos conteúdos são feitas pelo Centro de Mídias da Educação de São Paulo, que atingiu a marca de divulgação de 200 videoaulas por semana. São os próprios professores da rede que estão gravando as aulas, mas há também conteúdo de parceiros externos.

Apoio da sociedade civil

A agilidade para desenhar um plano de ação e colocá-lo em prática foi destacada como um diferencial da experiência da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Outro aspecto central foi a participação de empresas e organizações sem fins lucrativos, que, juntas, cederam produtos e serviços que poderiam ter custado US$ 40 milhões aos cofres públicos. A cifra corresponde a 0,6% do orçamento anual da pasta.

Além de ter sistematizado a experiência de São Paulo, o CIEB está apoiando outras Secretarias de Educação, e colocou à disposição seus materiais e ferramentas, alguns deles criados especialmente para o enfrentamento da pandemia, como a Seleção de Estratégias de Aprendizagem Remota, que ajuda os gestores a identificar rapidamente quais as estratégias tem mais viabilidade para serem implementadas em suas redes de ensino.

 

 

 

 

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