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Gestores e gestoras de redes públicas de ensino compartilham conquistas e aprendizados da Iniciativa BNDES Educação Conectada

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A experiência aconteceu no primeiro dia do IV Encontro Nacional da IEC-BNDES, que também reuniu representantes do MEC e das organizações parceiras do projeto

Desde 2019, dezenas de gestores e gestoras de redes públicas de ensino estão envolvidos em uma iniciativa nacional de implementação de tecnologias digitais nas escolas para melhorar os indicadores de aprendizagem e reduzir os índices de reprovação e abandono estudantil, a Iniciativa BNDES Educação Conectada (saiba mais aqui). 

Os desafios têm sido numerosos, mas muitos estão sendo superados, revelando quais são os entraves dos projetos de inovação educacional no sistema público brasileiro e como eles podem ser solucionados. As práticas que geram resultados positivos e que podem servir de exemplos para a formulação de modelos escaláveis também são frutos dessa jornada. 

Esses aprendizados e conquistas estiveram no foco do primeiro dia do IV Encontro Nacional da IEC-BNDES, realizado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), parceiro técnico da Iniciativa.  O evento é online e conta com a participação de representantes de redes municipais e estaduais da Bahia, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins – os seis territórios que integram o projeto –, além dos parceiros envolvidos e do MEC. 

IV Encontro Nacional da IEC-BNDES: edição online reuniu representantes de todos os territórios

“Pela primeira vez, estamos realizando um Encontro Nacional com a participação de todos os GET (Grupo Especial de Trabalho), o que é muito importante neste momento. Estamos caminhando para a fase final dos projetos, para a colheita dos frutos de um trabalho muito bem feito pelas equipes. Agradeço ao CIEB, ao MEC e os demais parceiros, como a Fundação Lemann e a Fundação Itaú Social. Todos têm sido fundamentais para o sucesso da iniciativa”, declarou Conrado Leiras Matos, chefe do Departamento de Educação e Investimentos Sociais do BNDES. 

Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, também enfatizou o trabalho das equipes, sobretudo a resiliência dos gestores e gestoras neste ano de pandemia, e apontou para a importância da Iniciativa e das oportunidades de aprendizado que ela tem proporcionado. “O papel do CIEB era trazer parâmetros, arcabouços. Estudamos muito para trazer as melhores referências, mas todos nós que estamos envolvidos com a Iniciativa também estamos aprendendo muito com a experiência.” 

Primeiras conclusões

Ao compartilhar suas experiências, os gestores e as gestoras representantes dos territórios falaram sobre os desafios vivenciados em cada uma das quatro dimensões do conceito de Escola Conectada, criado pelo CIEB e que embasa o Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), do MEC (leia mais aqui). A Iniciativa surgiu para apoiar o programa, e as conclusões extraídas de suas ações servirão de base para aprimorar o PIEC.

 As quatro dimensões são: visão (engloba estratégias para incorporar o uso de tecnologias no currículo e nas práticas pedagógicas), formação, recursos educacionais digitais e infraestrutura. O Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (CEIPE), da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável por ações de monitoramento e avaliação da Iniciativa, também apresentou uma síntese das lições extraídas nas quatro frentes. 

Entre outros pontos, Yara Duque, especialista em Monitoramento e Avaliação da instituição, destacou que a experiência: mudou a visão das escolas sobre a importância do uso de tecnologias no ensino; enfatizou a necessidade de os/as docentes adotarem práticas pedagógicas inovadoras e de as escolas criarem estruturas de governança para conduzir as ações do projeto; destacou a relevância de mapear as competências digitais do corpo docente; conferiu às redes conhecimentos (e, consequentemente, segurança) para a escolha de recursos educacionais digitais (também chamados de REDs); e sinalizou a urgência de buscar soluções para destravar os processos de compras, caracterizados como morosos e burocráticos. 

“Ficou evidente que o Educação Conectada, nas suas quatro dimensões, aponta soluções importantes para os desafios que estamos vivenciando agora. A pandemia deixou evidente o quanto é importante ter uma gestão integrada da tecnologia no ambiente escolar – e, agora, também fora dela”, afirmou Alexandre Pedro, responsável pela coordenação-geral de Tecnologia e Inovação da Educação Básica do MEC. 

Legado para as redes 

Além de concluir as ações previstas e extrair conhecimentos delas, outro aspecto fundamental que também deve estar no campo de visão dos envolvidos é a sustentabilidade do projeto. Quem chamou a atenção para este aspecto foi Eduardo Bizzo, gerente do Departamento de Educação e Cultura do BNDES. “É preciso garantir que as redes consigam, de forma autônoma, continuar essa estrada que a Iniciativa ajudou a pavimentar. Essa continuidade passa por tornar as instâncias de governança criadas pela Iniciativa em instâncias perenes. Isto será um legado das redes para as redes”, declarou. 

 

 

 

 

 

 

Publicado em: Notícias Gerais