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Conheça a bem-sucedida estratégia da rede municipal de Recife para proteger os computadores das escolas contra furtos e roubos

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Em parceria com uma empresa de software, secretaria de Educação criou um sistema para evitar o extravio de notebooks e garantir o uso dos recursos em sala de aula

Há aproximadamente cinco anos, a secretaria municipal de Educação do Recife (PE) fez um grande investimento para equipar cada uma de suas salas de aula com um notebook.

O objetivo da iniciativa era possibilitar o uso de tecnologias digitais em todas as creches e escolas da rede e implantar o Diário de Classe Online, sistema criado pela própria secretaria para registrar e, principalmente, acompanhar notas, participação e frequência dos(as) 90 mil estudantes, além de informações sobre as aulas.

Junto com a aquisição dos equipamentos, surgiu a necessidade de garantir sua segurança, o que levou a rede de ensino recifense a desenvolver, junto com uma empresa local de software, um sistema de rastreamento. O valor investido no projeto foi de R$ 175 mil, aproximadamente.

Em caso de furto ou roubo, o sistema é acionado, gerando informações sobre a localização da máquina. Também é possível captar fotos com o uso da câmera do computador – mecanismo executado mediante o registro de boletins de ocorrência.

De acordo com Catarina Calado, técnica pedagógica da área de Tecnologia na Educação da secretaria de Educação, o recurso já possibilitou o resgate de 40 notebooks roubados (ação feita com a ajuda da Guarda Municipal e das Polícias Militar e Civil) e a localização de incontáveis equipamentos transferidos indevidamente do local de origem. Muitos extravios também foram evitados com a divulgação do sistema rastreável.

 

Abertura para parcerias

De 2016 para cá, o sistema já passou por atualizações e hoje está instalado em mais de 18 mil equipamentos, incluindo notebooks, computadores de mesa, tablets e celulares usados nas áreas pedagógica e administrativa.

Recentemente, professores e professoras da rede municipal de Recife receberam, cada um, um notebook para uso individual. São 3,5 mil docentes alocados em aproximadamente 260 escolas de educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Como o código do sistema é próprio, a secretaria de educação pode disponibilizá-lo a outras redes, desde que haja compatibilidade técnica e operacional. “Estamos abertos a parcerias”, confirma Calado.

 

Quatro dimensões em equilíbrio

Os investimentos em infraestrutura são um dos quatro aspectos fundamentais para que as escolas sejam impactadas positivamente pelo uso pedagógico, ético e intencional das tecnologias digitais e se transformem em Escolas Conectadas.

Segundo esse conceito, criado pelo CIEB, as escolas precisam de visão estratégica e planejada para a incorporação da tecnologia no currículo e nas práticas pedagógicas; equipe com competências digitais desenvolvidas; recursos educacionais digitais selecionados; além de equipamentos e conectividade adequados (infraestrutura).

As quatro dimensões precisam estar em equilíbrio, inclusive para que as escolas consigam oferecer o ensino híbrido e ampliar tempo, espaço e ritmo de aprendizagem dos/das estudantes.

 

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