O setor de tecnologia educacional segue de maneira acelerada em todo o mundo. E o Brasil precisa de grande – e urgente – disrupção para aplicar essa mudança.
*Artigo de Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB
A resposta à pergunta que intitula esse artigo varia entre extremos: algumas pessoas acreditam que as tecnologias emergentes provocarão uma disrupção total na educação, enquanto outras apostam que o conservadorismo do setor educacional, que tem mantido as escolas muito parecidas ao longo do último século, permitirá apenas mudanças incrementais.
A verdade é que o setor de tecnologia educacional cresce de maneira acelerada em todo mundo. Artigo recente da revista Forbes mostra que o mercado de educação da China deverá chegar a US$ 715 bilhões até 2025.
Segundo Bernand Marr, autor do artigo e respeitado profissional na área de tecnologia, as principais tecnologias que deverão causar algum grau de disrupção na educação são:
- Inteligência artificial, que permitirá personalizar o processo educativo;
- IOT (Internet of Things), que permitirá coletar dados dos estudantes à medida que interagem com ferramentas digitais;
- Big data, que fornecerá informações que ajudarão no planejamento de experiências de aprendizagem mais efetivas;
- Realidade Virtual e/ou Aumentada, que criarão maior engajamento dos estudantes nas experiências de aprendizagem;
- Tecnologias que permitirão mobilidade e ubiquidade da aprendizagem;
- Blockchain (também conhecido como “protocolo de confiança”), que possibilitará às instituições educacionais coletar e proteger dados dos estudantes de maneira mais segura.
Marr identifica ainda cinco tendências que já podem ser identificadas na educação em 2020 provocadas pelo uso de tecnologia:
- Maior acesso à educação por meio de oferta de cursos online e materiais digitais;
- Mais decisões de gestores educacionais baseadas em dados;
- Maior personalização na educação;
- Criação de mais experiências educativas imersivas;
- Mais automação nas escolas;
No Brasil, exemplos concretos destas tendências ainda são escassos. Infelizmente para alguns gestores públicos a tecnologia é secundária diante de desafios educacionais considerados mais básicos.
Mas é exatamente a magnitude destes problemas que requerem soluções inovadoras capazes de provocar mudanças exponenciais.
A estagnação das melhorias na educação brasileira precisa de grande e urgente disrupção!
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Publicado em: Notícias Gerais