A iniciativa foi lançada com a participação de representantes do governo, Congresso Nacional, empresas provedoras de serviços de internet, associações e organizações da sociedade civil
Com o objetivo de propor soluções para o desafio da baixa conectividade das escolas públicas e de seus/suas estudantes, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e o NIC.br lançaram hoje (17/09) o projeto Conectividade para Educação.
A apresentação da iniciativa contou com a participação de representantes do governo, Congresso Nacional, empresas provedoras de serviços de internet e organizações da sociedade civil, que se dispuseram a compor um grupo interinstitucional e trabalhar em equipe para construir subsídios técnicos para formuladores(as) de políticas públicas e tomadores(as) de decisão.
“Embora nos últimos anos a gente tenha registrado um aumento no volume de recursos destinados para este fim, a conectividade em escolas públicas ainda apresenta deficiências importantes tanto em relação à cobertura de sinal quanto à qualidade para o uso pedagógico por docentes e estudantes. Não estamos usando a tecnologia como uma alavanca para a educação brasileira, ao contrário do que muitos países fazem”, apontou Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, na abertura do encontro. “Agora vamos precisar pensar em escolas e estudantes conectados para conseguir implementar o ensino híbrido, que deve ser o futuro – se já não é o presente – da educação. Porém, faltam modelos de infraestrutura, de distribuição do sinal, de formas de contratação. Precisamos fornecer dados e referenciais técnicos aos gestores e às gestoras”, complementou.
Para isso, o projeto Conectividade para Educação pretende desenvolver três grandes ações ainda este ano: elaborar um mapa da conectividade para a educação brasileira a partir da integração das diversas bases de dados disponíveis; criar modelos de soluções técnicas para a oferta de conectividade para escolas e estudantes; e, finalmente, produzir conteúdos e ferramentas para qualificar o processo de contratação de conectividade por gestores(as) educacionais.
“Embora as escolas públicas estejam evoluindo em termos de conexão, a internet ainda não é usada para atividades pedagógicas. Apenas 39% dos(as) estudantes de ensino fundamental e do ensino médio usam a internet na escola. O computador e a internet ficam na secretaria, na sala da coordenação, mas não em sala de aula”, ressaltou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, um dos departamentos do NIC.br.
Geração de bem comum
Depois de formalizadas as adesões ao projeto, será constituído um comitê de governança e grupos de trabalho, que terão como meta a elaboração destes referenciais. Todas as informações e modelos produzidos pelo grupo interinstitucional serão de uso público e irrestrito, desde que respeitados os créditos ao projeto.
“Vamos aproveitar esse senso de urgência para produzir rapidamente esses dados e subsídios tão importantes para formuladores(as) de políticas públicas tanto do executivo quanto do legislativo”, ressaltou Dellagnelo.
Publicado em: Notícias Gerais