Participante ativo do processo, o CIEB teve nove de suas 11 contribuições aprovadas para a inclusão de competências digitais no documento.
As diretrizes curriculares da formação docente, recentemente aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), foram homologadas pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (19).
O ministro da Educação substituto, Antonio Paulo Voguel de Medeiros, assinou a Portaria nº 2.167/2019, por meio da qual homologa o parecer nº 22/2019 do Conselho Nacional de Educação, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação).
Elemento central no marco conceitual do CIEB, a formação de professores para o uso de tecnologia tem sido objeto de ampla discussão desde o lançamento, em 2018, da primeira versão da Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica (BNCFP).
Em 2019, o CIEB participou ativamente do debate e apresentou ao Conselho Nacional de Educação 11 contribuições para a inclusão de competências digitais ou para a alteração de textos relacionados a competências específicas. Nove delas foram incorporadas: sete de maneira integral e duas com outros termos, mas mantendo o sentido da competência original (clique aqui para conferir os detalhes).
“A inclusão das competências digitais na nova Base Nacional Docente é um grande avanço para o Brasil porque inclui entre as competências de um bom professor a capacidade de incorporar tecnologia para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Ficamos felizes em ter contribuído nessa construção”, afirma Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB.
“Além de valorizar as competências do século 21, essas competências permitem que o professor, desde sua formação inicial, aprenda como incorporar tecnologia para melhorar a sua prática. É um grande avanço para o Brasil”, ressalta Lucia.
De acordo com Ivan Siqueira, integrante da Câmara de Educação Básica do CNE e conselheiro do CIEB, o papel da organização é fundamental para transformar as escolas em escolas conectadas, tanto por meio da elaboração da Base Nacional Docente quanto pelo trabalho de advocacy desempenhado sobre a tecnologia educacional e o apoio aos gestores públicos.
“Hoje, para ser cidadão, é preciso ser cidadão digital. Isso é intrínseco à educação. Pensando que 85% dos estudantes estão nas escolas públicas, e boa parte deles só tem contato com a tecnologia na escola, é algo que precisa ser aprofundado”, afirma o professor da Universidade de São Paulo, enfatizando que o CIEB insere a escola pública no fenômeno digital.
“A formação do professor não está adequada aos tempos e às necessidades do país e a homologação propõe um novo paradigma, mais próximo do que é realizado internacionalmente. Isso mostra que o Ministério da Educação está comprometido com essa mudança. Valida, também, o papel da sociedade e do Ministério Público, por exemplo, em exigir o cumprimento desse compromisso”, finaliza Siqueira.
Publicado em: Notícias Gerais