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A construção de um plano de inovação e tecnologia educacional

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As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estão, cada vez mais, sendo incorporadas ao cotidiano dos cidadãos e constituindo a linguagem de interação social das novas gerações. No contexto educacional, essas tecnologias adquirem um significado ainda mais amplo, tornando-se peças fundamentais para promover possibilidades mais eficazes de ensino, de aprendizagem e de gestão do sistema educacional. Para sustentar o debate sobre a importância da inovação e tecnologia na educação, pode-se considerar os seus potenciais impactos nas seguintes áreas:

  • Gestão: Potencial das tecnologias no sentido de promover ganhos de eficiência do sistema educacional, otimizar a alocação de recursos da rede de ensino, desenvolver bancos de dados referentes ao contexto da educação e garantir o acesso transparente a informações, de modo a fundamentar decisões de gestão.
  • Qualidade: Tecnologias permitem a customização da experiência de aprendizagem, atendendo alunos com diferentes ritmos e necessidades. Ainda, avaliações formativas por meio de tecnologia permitem aos professores monitorar, dar feedback imediato e mediar de forma efetiva a aprendizagem dos estudantes.
  • Equidade: Ampliação do acesso a conteúdos e recursos digitais de qualidade para alunos e professores, possibilitando formas inovadoras de aprendizagem, conforme as necessidades e as demandas locais. Ao garantir a customização da aprendizagem, valoriza-se a diversidade dos alunos e a inclusão de alunos com deficiências.
  • Contemporaneidade: Possibilidade de participação mais ativa de crianças e jovens na aprendizagem, por meio de novas abordagens pedagógicas. Exige-se o uso responsável das TICs, como ferramentas-chaves para aproximar os alunos de questões contemporâneas, e para formar cidadãos éticos e críticos.

Nesse contexto, é interessante sinalizar para o marco conceitual Four in Balance (Kennisnet, 2016). Esse modelo indica que, para que as tecnologias educacionais gerem, efetivamente, os impactos citados, devem ser implementadas contemplando, de forma equilibrada, elementos humanos – constituídos pelas dimensões visão e competência – e elementos técnicos – dimensões conteúdos e recursos digitais e infraestrutura. É possível mencionar uma quinta dimensão, referente à gestão, englobando currículo, avaliação e pesquisa.

Destaca-se, no entanto, que a implementação desse modelo é extremamente complexa e multidimensional, exigindo ações ao mesmo tempo diversas e complementares, que somem esforços entre si. Sendo assim, é justificada a necessidade de se desenvolver um documento institucional, concretizado em um Plano de Inovação e Tecnologia Educacional, capaz de orientar gestores públicos para formas efetivas de fazer o uso pedagógico das TICs em prol da qualidade e da equidade na educação.

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Publicado em: CIEB Notas Técnicas