Como a experimentação e a mão na massa podem apoiar práticas pedagógicas inovadoras? Confira o novo vídeo da websérie criada pelo CIEB.
No Ensino Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o aprendizado é apoiado pelo processo mão na massa. A curiosidade de experimentar, criar e “ver com a mão”, essencial nessa fase, ganhou a sala de aula em outras etapas do ensino. A chegada do “movimento maker” e o fortalecimento das metodologias ativas, baseadas em aulas práticas e nas experiências vivenciadas pelos alunos, lançam novos desafios para a construção do conhecimento.
Neste cenário, como a tecnologia, a robótica e a programação podem apoiar as aulas mão na massa?
Esse é o tema do quinto vídeo da Websérie “Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia”, criada especialmente pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) neste início de ano letivo.
Foco no processo
Segundo o professor Paulo Blikstein, da Universidade de Stanford:
“Uma das coisas mais importantes da educação mão na massa é fazer com que o professor preste mais atenção no processo do que no produto, o que é mudança de paradigma muito grande em relação à educação tradicional, que olha para a prova, que é o produto.”
No vídeo criado pelo CIEB, voltado ao professor que quer começar a implantar a tecnologia em sala de aula, são apresentadas habilidades ligadas ao movimento maker, conectadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e voltadas à competência geral de Cultura Digital.
“A robótica e a programação ajudam na construção dos protótipos dos artefatos que apoiam a aprendizagem”, ressalta Lilian Bacich, da Tríade Educacional, especialista convidada pelo CIEB para comentar a websérie.
Lilian, também organizadora do livro STEAM em sala de aula, que será lançado em breve pela Editora Penso, enfatiza as possibilidades trazidas pelas aulas mão na massa ao conectarem diferentes disciplinas – no exemplo ilustrado no vídeo, há ligação direta entre matemática, linguagens e ciências.
“No vídeo, mostra-se o exemplo dos alunos que constroem um pulmão sem precisar utilizar materiais muito caros para entender como o órgão funciona. É um desafio mão na massa que vai reforçar a maneira de aprender”, explica.
São seis os modelos de Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia que compõem a websérie, disponível no YouTube do CIEB a partir das seguintes datas: aula enriquecida com tecnologia (já disponível), ensino híbrido: sala de aula invertida (já disponível), ensino híbrido: rotação por estações (já disponível), ensino personalizado (já disponível), aulas mão na massa (matéria acima) e aprendizagem baseada em projetos (no ar dia 06/03).
Planejamento para a compreensão
“Nesta prática pedagógica é preciso ter mão na massa e cabeça no processo”, afirma Ana Paula Gaspar, consultora em tecnologia e inovação. “É de suma importância que os professores planejem seus objetivos de aprendizagem com clareza para depois desenhar as atividades com recursos que permitam a fabricação”. O desenho das experiências de aprendizagem precisa também levar em consideração a reflexão e o pensamento dos estudantes, explica Ana, referenciando a metodologia Planejamento para a Compreensão, de Grant Wiggins e Jay McTighe.
“Como esta prática abre muito espaço para a experimentação e para o erro, por exemplo, é preciso que o estudante aprenda com este processo e assim compreenda efetivamente os princípios de conhecimento desenvolvidos nas aulas e seja capaz de transferir para outros realidades e situações da vida”, complementa a consultora.
Educação criativa
A aprendizagem mão na massa rendeu a Débora Garofalo o título de primeira mulher sul-americana a ser finalista no Global Teacher Prize, considerado o Nobel da Educação, e a incluiu no ranking dos dez melhores professores do mundo.
Débora, hoje assessora de tecnologias da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (para a qual o CIEB oferece assessoria técnica), desenvolveu na escola Ary Palmares o projeto “Robótica com Sucata”. Nele, alunos do 1º ao 9º ano desenvolvem tecnologias a partir de materiais eletrônicos e recicláveis.
O projeto ajudou a recolher mais de 700 kg de sucata no entorno da escola em um período de quatro anos. A Ary Palmares também registrou, pós-implementação da iniciativa, um aumento da nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica), de 4,2 para 5,2 pontos.
Como você usa as Práticas Pedagógicas Inovadoras Mediadas por Tecnologia? Tem alguma sugestão? Gostou do material? Conte para CIEB! Mande o seu relato para o e-mail comunicacao@cieb.net.br com nome completo, cidade e escola na qual atua.
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Publicado em: Notícias Gerais