Das 449 startups de tecnologia educacional mapeadas e em atuação no país, 70,6% apresentam soluções para o ensino básico (infantil, fundamental e médio).
Em meio ao cenário de pandemia mundial, a procura por tecnologias educacionais que auxiliem o aprendizado remoto tem sido crescente. O Mapeamento Edtech 2019 – Investigação sobre as startups de tecnologia educacional no Brasil pode apoiar a conexão entre tais demandas e possíveis soluções.
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Resultado de uma parceria do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o mapeamento tem por objetivo compreender o ecossistema de startups em suas diversas atuações: ele reúne iniciativas, segmentos de atuação, soluções oferecidas e modelos de negócio, além de identificar as startups cadastradas na base de dados da Abstartups, o StartupBase.
Nesta segunda edição do Mapeamento (a primeira foi lançada em 2018), um dado se destaca: das 449 startups de tecnologia educacional mapeadas, 70,6% apresentam soluções para o ensino básico (infantil, fundamental e médio).
“Para que esta expansão de edtechs no país se traduza em inovações pedagógicas que promovam a aprendizagem, é preciso garantir que escolas se transformem em Escolas Conectadas”, afirma Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB.
O conceito de Escolas Conectadas, criado pelo CIEB, contempla quatro dimensões: visão estratégica e planejada para incorporação da tecnologia em seu currículo e em práticas pedagógicas, com equipe capacitada para uso de tecnologia e que utiliza recursos educacionais digitais de qualidade e com infraestrutura de equipamentos e conectividade adequada.
“É preciso criar as condições básicas para que a tecnologia possa ser incorporada no dia a dia escolar. E é essencial que os empreendedores de edtechs conheçam as evidências que mostram como a tecnologia produz resultados mais consistentes e escaláveis quando colocada nas mãos de professores”, analisa Lucia, que é mestre e doutora em educação pela Universidade de Harvard.
Desafios e oportunidades
Em meio ao crescimento de edtechs no Brasil, o mercado conta com um desafio. “Mais de 80% das escolas de ensino básico são públicas e a aquisição ou a contratação de tecnologia pelas redes públicas de ensino ainda é muito baixa, pouco estruturada e muito burocratizada”, ressalta Mairum Andrade, gerente de tecnologia educacional do CIEB e coordenador do mapeamento.
De acordo com Andrade, conhecer as ofertas disponíveis no mercado é indispensável para que educadores e redes de ensino possam saber quais são as possibilidades de uso de tecnologia e onde elas estão disponíveis para a efetiva incorporação em seus processos educacionais. “Do outro lado, empreendedores e investidores podem identificar os gaps de ofertas de solução e adequar seus produtos ou desenvolver novos projetos e produtos para atender, de forma mais completa e integral, às necessidades dos educadores, escolas e redes de ensino”, ressalta o coordenador do mapeamento.
Saiba mais!
| Nos últimos anos, o CIEB vem construindo ferramentas e materiais on-line e gratuitos para que Secretarias de Educação possam adquirir tecnologias educacionais de forma ágil, eficiente e segura. – O Toolkit de Compras Públicas (toolkit.plataformaedutec.com.br/) reúne um conjunto de orientações, modelos de documentos e um passo a passo detalhado para apoiar as licitações de estados e municípios, baseado nas melhores práticas recomendadas pelo Tribunal de Contas da União e pelos órgãos de controle. – O CIEB também disponibiliza o Guia EduTec (www.guiaedutec.com.br), ferramenta que faz um diagnóstico do grau de adoção de tecnologia educacional por professores e escolas das redes públicas de ensino.– A Plataforma EduTec (http://plataformaedutec.cieb.net.br/) apoia os gestores públicos na busca das tecnologias educacionais mais adequadas para as redes de ensino. |
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Publicado em: Notícias Gerais