Relatório recente da consultoria McKinsey aponta os caminhos para que tecnologias emergentes possam realmente auxiliar o trabalho dos professores, atores fundamentais para a educação de qualidade.
*Artigo de Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB
Entre todas as previsões sobre como a inteligência artificial irá impactar os empregos no futuro substituindo trabalhadores por processos automatizados, há pelo menos um consenso: professores continuarão a ter um papel importante na sociedade e dificilmente serão substituídos por robôs.
Isto não significa que a aplicação crescente da inteligência artificial não terá impacto na educação. A ideia é que a inteligência artificial possa ampliar a capacidade de professores de oferecer experiências de aprendizagem personalizadas e relevantes para os estudantes, automatizando tarefas burocráticas rotineiras para que possam dedicar mais tempo e energia na promoção da aprendizagem.
Relatório recente da consultoria McKinsey mostra que de 20 a 40% do tempo dos professores é utilizado em tarefas que são passíveis de automação como, por exemplo, correção de provas, registros escolares e planejamento de aulas. Apenas 49% do tempo é gasto em interação direta com os alunos.
Para que tecnologias emergentes possam realmente auxiliar o trabalho de professores e assim ter impacto positivo na educação, o relatório da McKinsey aponta quatro imperativos: investimentos em infraestrutura para escolas, iniciar com tecnologias de fácil implementação, compartilhar o que está funcionando e desenvolver competências digitais de diretores e professores.
A conclusão é que mesmo em um mundo permeado cada vez mais pela tecnologia, professores são a chave para uma educação de qualidade. Por isso, é primordial investir na formação e valorização de suas horas de trabalho para que possam exercer de forma plena e efetiva sua função mais nobre e insubstituível: ensinar.
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Publicado em: Notícias Gerais