A minha contribuição tem base na minha formação no contexto da área de computação, particularmente na subáreas de programação, jogos digitais e inteligência artificial, que me permitiram ganhar inspiração para a sua aplicação no contexto da educação. A experiência que obtive nos últimos anos como professor do magistério superior, por meio do ensino, pesquisa e extensão, coordenando projetos visando buscar soluções para ajudar a mudar a realidade do baixo nível de qualificação dos jovens ingressantes do Ensino Superior, criou uma grande inquietude pela constatação que a única forma seria modificando a realidade atual do Ensino Básico. Por esta razão, passei a direcionar grande parte das minhas pesquisas para o processo de formação de professores no uso das tecnologias em sala de aula. Neste sentido, coordenei a criação de um Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Inovação em Tecnologias Educacionais, a nível de mestrado Profissional, o qual atualmente sou coordenador, para formar professores do Ensino Básico no contexto das tecnologias educacionais. Concentro grande parte dos meus esforços para levar os jogos digitais, a gamificação e o pensamento computacional para as escolas. Acredito que a formação de professores é o fator principal para que possa haver uma mudança de mentalidade que permita levar a educação para um novo patamar, adaptando-se às novas demandas da sociedade e do mercado de trabalho.
Hoje atuamos muito com a tencologia, mas muito mais como consumidores dela. O desafio é desenvolver a competência do Letramento tecnológico para resolução criativa de problemas (outra competência). Não adianta ter só o conhecimento, mas sim como aplicar esse conhecimento para as questões do nosso dia a dia, ou questões complexas. A tecnologia como meio para encontrar as soluções que o mundo está requerendo. Na escola uma das formas é trabalhar por meio de projetos. Projetos não só desenvolvidos pelos alunos, mas pelos gestores, professores. É a aprendizagem em serviço.