Com a entrada em vigor do Novo Ensino Médio a partir de 2022, as redes públicas devem ampliar a oferta de programas de formação técnica profissional, como quinto itinerário formativo, principalmente em áreas promissoras em termos de desenvolvimento pessoal e profissional.
Pensando em apoiar as escolas e redes públicas de ensino nesse processo, a Fundação Telefônica Vivo (FTV) e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) lançam o Currículo de Referência do Curso Técnico em Ciência de Dados.
Trata-se de uma proposta de formação técnica composta por 18 unidades curriculares, que somam 1.000 horas, distribuídas em três eixos: Gestão de Dados, Big Data e Análise de Dados.
“Ter fluência digital, saber analisar, gerenciar e tomar decisões com base em dados é essencial para se destacar nas profissões que já existem e nas que ainda irão surgir. Atenta a este cenário, a Fundação Telefônica Vivo idealizou o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados para os jovens do ensino médio do Brasil”, destaca Americo Mattar, diretor presidente da Fundação Telefônica Vivo.
Diferenciais do Currículo
Assim como o futuro do trabalho, a proposta do currículo também é flexível. O programa pode ser oferecido na íntegra para a formação Técnica em Ciência de Dados, como sugerido, mas também de maneira parcial ou transversal, com as unidades curriculares como eletivas. Também não há uma sequência obrigatória preestabelecida entre os eixos, o que permite às escolas a realização de diferentes arranjos curriculares.
Outro diferencial são as saídas intermediárias. Dessa forma, se o/a estudante optar por apenas um dos eixos, ele/elas poderá obter as certificações de qualificação profissional em: Assistente de Gestão de Dados ou Assistente de Big Data ou ainda Assistente de Análise de Dados.
Por que precisamos dele
A proposta da formação de Técnico em Ciência de Dados, que está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), foi pensada para desenvolver competências para criar, obter, analisar dados para tomadas de decisões estratégicas em qualquer área atuação
“A inclusão desses novos conhecimentos no currículo da educação básica agora é uma questão de direitos humanos. Precisamos democratizar esses novos conhecimentos para quebrar as barreiras que separam as nossas escolas públicas desse universo em expansão”, explica Lucia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB.
“A habilidade de analisar e interpretar dados gerados pelas tecnologias se tornou uma condição fundamental para ler e compreender o mundo, tal como Paulo Freire se referia à alfabetização”, complementa.
Como implementar na prática
Além das unidades curriculares, o documento traz especificações sobre o perfil docente, a infraestrutura necessária e ainda sugestões de práticas pedagógicas inovadoras para trabalhar os temas.
O Currículo também vem acompanhado por outros dois documentos: um Guia de Implementação, que apresenta um passo a passo detalhado de todas as etapas que antecedem a oferta, e o Projeto Pedagógico de Curso, elaborado para apoiar as secretarias na apresentação do curso técnico para seu respectivo Conselho Estadual de Educação.
Como Ciência de Dados ainda não faz parte do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), o programa deverá ser implementado como curso experimental, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica, e ser submetido ao Conselho Estadual de Educação e posteriormente ao Ministério da Educação para a inclusão da Ciência de Dados como título permanente do referido catálogo.
Para fazer o download do Currículo e dos documentos complementares, acesse: https://fundacaotelefonicavivo.org.br/cienciadedados/ ou www.curriculo.cieb.net.br
Publicado em: Notícias Gerais