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O futuro do laboratório de informática: criação de espaços de inovação nas escolas?

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A sétima edição do CONECTE-C, série de encontros mensais promovidos pelo CIEB, teve como tema “O futuro do laboratório de informática: criação de espaços de inovação nas escolas?”, e contou com a participação de  Regina Gavassa  (programa informática educativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo), Eduardo Paiva, (coordenação de tecnologia da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo) e  Marcelo Lopes (coordenador de tecnologia educacional da empresa Foreducation EdTech).

Para abrir a discussão, Lúcia Dellagnelo, diretora presidente do CIEB falou sobre os resultados do Guia EduTec, que avaliou o uso de tecnologia em 14 estados brasileiros e Distrito Federal. De acordo com relatório referente à aplicação do guia em 2016, os grandes gargalos da adoção de tecnologia são infraestrutura e formação de professores.

Leia o Relatório do Guia EduTec

Regina Gavassa, ‎responsável pela informática educativa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, traçou uma linha do tempo da adoção de computadores na rede, que em 1994 viu surgir os laboratórios de informática, e fez uma comparação em relação à realidade atual, evidenciando que alunos estão o tempo todo conectados.

No entanto, Regina reconhece que a cultura “mão na massa” apontou desafios e oportunidades entre educadores sobre a necessidade de aquisição de tecnologias e redesenho de espaços. A secretaria realizou um evento para identificar o que já estava sendo feito nesta área e descobriu que muitos professores já desenvolvem atividades práticas, mas encontram barreiras no atual formato de laboratório. “Alguns professores acabam não mudando suas práticas por causa do equipamento que ele tem à disposição. Outros dizem que o espaço não serve mais para a ideia que estão trabalhando”. A representante da secretaria também contou sobre a experiência da rede com gamificação, programação e robótica e a importância de atividades que estimulem a participação e criatividade dos alunos.

Eduardo Paiva, que trabalha na coordenação de tecnologia da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, apresentou os desafios na administração municipal para que os novos laboratórios sejam implementados e também consigam atender à demanda de recursos para os projetos. Segundo ele, é preciso estabelecer como fazer compras públicas de qualidade obedecendo regras de pregão por menor preço; criar projetos sustentáveis para evitar o sucateamento e gastos desnecessários; e escalar iniciativas para que as melhores práticas atinjam toda a rede.

Marcelo Lopes, coordenador de tecnologia educacional da empresa Foreducation EdTech, falou sobre a distância entre curvas de investimento e utilização de tecnologia, analisando o foco dado na educação brasileira à aquisição de equipamentos. Marcelo falou ainda da necessidade de mudar comportamentos e planejamento pedagógico quando da criação de espaços criativos em escolas.

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Além da exposição dos convidados, o encontro promoveu uma rica discussão sobre a transformação da sala com computadores fixos em um espaço que estimule a criatividade e o trabalho colaborativo entre alunos e professores. Os participantes foram convidados a pensar sobre a nova configuração dos laboratórios em termos de equipamentos, espaço e uso pedagógico.

O debate teve como destaque a importância de colocar o aluno como protagonista do processo de ensino-aprendizagem proposto nos laboratórios, sendo o professor o gestor desse processo. Quanto aos espaços, a proposta é que esse e seus equipamentos sejam mais flexíveis, permitindo diferentes aplicações e abordagens. Os participantes ressaltaram o papel do gestor público no sentido de criar políticas e mecanismos de financiamento que permitam a adaptação desses ambientes ao contexto atual dos alunos.

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Publicado em: Conecte-C