A quarta edição do CONECTE-C, série de encontros mensais promovidos pelo CIEB, reuniu os especialistas Tel Amiel (NIED/Unicamp) e Priscila Gonsales (Instituto Educadigital) para conversar sobre Educação Aberta (EA), Recursos Educacionais Abertos (REA) e o impacto dessas tendências no mercado brasileiro. O evento contou ainda com a participação de Kim Machlup (Mov Investimentos), que trouxe questionamentos sobre o mercado e a sustentação de modelos de negócio em educação.
Nesta quarta edição, o evento teve maior participação de pesquisadores e educadores em relação aos eventos anteriores, além de um ótimo grupo de empreendedores da área de educação e de fundações e instituições do terceiro setor, profissionais da área e investidores, que propociaram um ambiente muito rico e plural para a discussão.
Na abertura, Tel fez um breve histórico da educação até chegar ao conceito de Educação Aberta e apresentou algumas correntes de pensamento sobre modelos de educação, como Open School, Desescolarização, Computer-based Instruction, Resource-based Instruction e Open Education. Para ele, a educação pode ser melhorada se os recursos estiverem visíveis e acessíveis a todos.
Já Priscila falou mais especificamente sobre Recursos Educacionais Abertos contextualizando o conceito como uma parte da Educação Aberta. Além disso, conceituou REA a partir de seus requisitos: reusar, revisar, remixar, redistribuir e reter. Sobre a discussão no Brasil, a educadora observou que o país ainda está atrasado nos debates sobre o assunto. “Não basta criar leis, é necessário incluir o assunto na formação dos educadores”, defendeu.
Nos debates, Kim e os participantes questionaram como empreendedores poderiam se inserir neste modelo. Para Priscila, tudo já está disponível na rede, seja REA ou não, e isso não significa que o copyright irá acabar. “Podemos prever modelos híbridos, oferecer serviços a partir da expertise”, propõe ela. Segundo Tel, em uma visão pragmática, o cenário e as políticas públicas irão mudar e tornar os conteúdos mais acessíveis independentemente de pensamentos mais conservadores.
Em outra questão levantada pelo debate, sobre como garantir que os materiais abertos sejam de qualidade, Tel contou que muitas das editoras que publicam REA passam por uma certificação de qualidade. Já Priscila defendeu o empoderamento de educadores, jovens e crianças para que se questionem sempre a qualidade dos conteúdos, sejam eles abertos ou não.
O CONECTE-C acontece toda última terça-feira do mês, no espaço Cubo (Rua Casa do Ator, 919 – São Paulo-SP).
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Publicado em: Conecte-C