Educomunicação e a formação de professores no século XXI
Resumo
15/12/2014
O artigo propõe a Educomunicação como referência teórico-metodológica para a formação do professor do século XXI. Para compor a argumentação, o texto busca suporte em pensadores como o italiano Umberto Galimberti (Teoria da Ação), os espanhóis Jesús Martín-Barbero (ecossistema comunicativo) e Javier Echeverría (Teoria do Terceiro Entorno), além do brasileiro Paulo Freire (educação dialógica) e do alemão Jürgen Habermas (Teoria da Ação Comunicativa). Em oposição ao paradigma utilitarista imposto pelo marketing educacional que subordina os processos de ensino e aprendizagem à eficácia das tecnologias, a Educomunicação prega o protagonismo dos sujeitos pela conquista da autonomia sobre os aparatos técnicos por parte de professores e alunos. O objetivo imediato é a construção de ecossistemas comunicativos abertos e criativos nos espaços educativos. Nesse contexto, o artigo defende o desenvolvimento, tanto entre os docentes quanto entre os alunos, das denominadas competências não cognitivas e socioemocionais, por facilitarem a adesão da comunidade educativa a projetos voltados a transformar as mediações tecnológicas em linguagens favorecedoras da construção de um mundo diferenciado, rico de expressividade e essencialmente mais solidário. Para tanto, uma adequada formação de professores para o século XXI demanda sua transformação em gestores de processos comunicativos, onde o diálogo se converte em suporte para a articulação pedagógica.